sábado, 2 de fevereiro de 2019

O mito Jair quer ser diferente, mas não é, não consegue

#éDissoQueToFalando

Durante 8 anos, o Casseta e Planeta satirizou o FHC toda semana, sempre mudando o nome dele que era Viajando Henrique Dengoso numa hora ou Ferrando o Tique Nervoso noutra hora, conforme a piada. Depois o Bussunda virou o imitador oficial do Lula, quase sempre dando a entender que ou estava bêbado ou era burro. Por fim, a Dilma foi parar no Zorra Total, mas não deu muito certo porque a Dilma real conseguia (involuntáriamente) ser mais engraçada do que o ator Gustavo Mendes que fazia o papel. Todos eram zoados pela Globo e em alguma medida, todo mundo ria. Nunca vi, a bem da verdade, nem nas midias de esquerda como o 247 e afins, alguém se queixar dos humoristas. Se queixavam sim do tratamento dado aos governos petistas pelo jornalismo, mas nunca vi ninguém ofendido com as piadas dos humoristas. Nem vou falar do tanto que o Color, o Sarney e o Itamar foram zoados em seu tempo. E me lembro que o último presidente militar, o General Figueiredo, também era zoado no Chico City pelo Chico Anisio fazendo a personagem Salomé, uma velhinha que teria sido professora do menino travesso João Batista. Agora os bolsonauros estão em pé de guerra porque acham que nunca antes na história desse país (ironia intencional) a Globo satirizou um presidente. Que só o seu bravo capitão é vítima desse complô que visa desestabilizar seu governo através do humor. E reclamam do Adnet imitando o seu mito e reclamam do Fantástico que tira sarro do desempenho dele em Davos e vão reclamar de tudo, porque com o presidente deles ninguém pode brincar. O presidente deles é sagrado. É um redentor. O salvador do Brasil. Para ele, apenas oração, piada não. Meus Deus, como diria Dercy Gonçalves, que gente chata do caralho.

#NãoToFalando

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